sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Terra

Aquele som não era bom sinal! O som do apito significava que estava na hora de abandonarmos a pilha e fazermo-nos ao caminho.
Ainda o sol não ia no alto já tínhamos deixado o Uppe Hut para partirmos à aventura. As horas que se seguiram foram de esforço e sacrifício, mas valia a pena! Conforme íamos avançando mais os nossos corações se enchiam com aquelas montanhas paradisíacas que tornavam o nosso caminho ainda mais encantador.

Pouco faltava para o meio dia quando lá chegamos, tínhamos subido até aos 2284 metros de altitude, tínhamos alcançado Gällihorn.




Daquele pico conseguíamos ver o Kisc. Tão pequenino, mas ao mesmo tempo tão grande! Se não fosse o sonho de o visitarmos e de fazermos parte dele nunca nos teríamos juntado. Ali formamos uma família e fortificamos a linha que nos une.

Eram quase três da tarde quando terminamos esta jornada. Ao olharmos à nossa volta víamos os vales e as montanhas que rodeiam o Kisc e já sentíamos a tristeza pela nossa estadia estar quase a terminar. Ainda assim pegamos nas mochilas e dirigimo-nos à vila com o objectivo de trazer para Portugal um bocadinho de Kandersteg para aqueles que por cá ficaram.

Ao regressar para jantar não fazíamos ideia da surpresa que nos esperava! O staff tínhamos preparado um jantar à luz das velas com uma ementa especial: fondue de queijo. Os beijinhos durante o jantar foram uma constante, pois sempre que o nosso pão ficasse preso no queijo teríamos de dar um beijo a outra pessoa.



O serão que se seguiu foi vivido muito intensamente. A nossa última noite naquele local mágico foi aproveitada ao máximo para apreciarmos todos os momentos e desfrutarmos da companhia uns dos outros. Ao jeitinho português naquela noite não faltou nem animação nem boa disposição.

Naquele dia em Kandersteg crescemos, superamo-nos, fomos felizes!

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